domingo, 20 de setembro de 2009

Vandalismo


Sempre, no período de junho a novembro, grande parte das matas é devastada, simplesmente por um ato de vandalismo e mais nada. O fogo é usado normalmente, com a finalidade de remover entulhos e demais detritos, acumulados pelo corte da cana-de-açúcar e outras lavouras ou, na preparação do solo para a agricultura, quando autorizada pelo IBAMA. Algumas, porém, são praticadas pelo mau caráter do homem, ou seja, por uma mera ação predatória. Este foi o resultado do acontecido, quando o nosso principal cartão postal, o contraforte de nossa Princesa de Minas__ a encosta do Morro do Imperador, assim denominado porque D. Pedro II, em 1861 o escalou para ver a vista da cidade, sofreu tal ato de destruição que, repetidamente, ao longo dos anos, tem sua vegetação queimada, por criaturas ignorantes, pelo simples prazer de ver aquilo que nos faz tão bem ser destruído. São queimadas ilegais, que impedem a regeneração florestal e matam as valiosas árvores nativas que ainda existem. Na maioria dos casos são terrenos sob o domínio do município, com declividade superior a 45 graus, cuja vegetação deve ser protegida por lei. Eu, particularmente, gostaria de ver este animal atrás de uma jaula, onde, certamente, seria seu habitat correto. Infelizmente, recuperar a vegetação requer tempo. O uso do fogo, neste caso, tem motivações variadas, inclusive culturais e as alegações vão desde a obstrução da vista, à utilização destas áreas por marginais, em atividades criminosas. No Morro do Imperador, também, já aconteceram especulações imobiliárias associadas às queimadas. A área é considerada de preservação, nativa da Mata Atlântica, onde existem além da vegetação, várias espécies de pássaros, quatis, micos e outros animais silvestres. O ato de vandalismo, provavelmente, aconteceu devido a um número de visitantes de ontem, sábado. A Prefeitura dispõe de empresas terceirizadas, que acabaram com a liberdade dos visitantes em áreas municipais, como o Parque da Lajinha e o Parque do Museu Mariano Procópio. Porque, então, não se instalar uma empresa de vigilância naquele local?

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