sexta-feira, 18 de julho de 2014

Acadêmico João Ubaldo Ribeiro

Faleceu na madrugada de hoje, em sua residência no Leblon, Rio de Janeiro, o escritor e acadêmico, João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro, aos 73 anos, vítima de embolia pulmonar.  Da primeira a ultima obra editada, retratava a realidade do povo brasileiro, algumas delas, adaptada para o cinema e televisão . Natural da Ilha de Itaparica, na Bahia, viveu parte de sua infância, em Aracaju, onde se alfabetizou com um professor particular, se matriculou, posteriormente, no Colégio Estadual de Sergipe.  De volta à Bahia, João Ubaldo é matriculado no Colégio Sofia Costa Pinto. Em 1955, matricula-se no Curso Clássico do Colégio da Bahia, conhecido como "Colégio Central". No ano seguinte faz amizade com Glauber Rocha, seu colega de escola. Em 1957 faz sua estreia no jornalismo, como repórter do Jornal da Bahia, chegando ao cargo de Editor-Chefe do Jornal Tribuna da Bahia. Em 1958 inicia seu curso de Direito na Universidade Federal da Bahia. Com Glauber Rocha edita revistas e jornais culturais e participa do movimento estudantil. Apesar de nunca ter exercido a profissão de advogado, foi aluno exemplar. Autor dos livros, entre outros, “Viva o Povo Brasileiro”; “O Sorriso do Lagarto”, adaptado na série homônima, exibida pela Rede Globo, em 1991, tendo Tony Ramos Raul Cortez, Maitê Proença no elenco. História ambientada na ilha de Itaparica, terra natal do escritor, onde um médico estaria fazendo estranhas experiências para criar monstros, híbridos de humanos e répteis; “Sargento Getúlio”, Prêmio Jabuti de autor revelação em 1972 e adaptado para o cinema, por Hermano Penna, em 1983, tendo Lima Duarte como protagonista; “A Casa dos Budas Ditosos”, lançado em 1999 e adaptado para o teatro, por Domingos de Oliveira, em 2004, em monólogo encenado pelo saudoso Fernando Torres. João Ubaldo Ribeiro era o sétimo ocupante da cadeira número 34, eleito em 7 de outubro de 1993, na sucessão d e Carlos Castello Branco e recebido em 8 de junho de 1994,  pelo Acadêmico Eduardo Portella. O velório está sendo realizado, no Salão dos Poetas Românticos da Academia Brasileira de Letras, desde àss 13 horas. O escritor deixa viúva Berenice Ribeiro, os filhos Bento e Francisca; e Manuela e Emília, do primeiro casamento. Ao tomar conhecimento do falecimento, o Presidente, acadêmico Geraldo Holanda Cavalcanti, determinou o cumprimento de luto por três dias e que a bandeira da Academia seja hasteada a meio mastro e declarou: “É uma grande perda para a Academia, para o romance e o jornalismo nacionais. João Ubaldo Ribeiro deixa uma obra de excelência. Estamos todos muito chocados com a notícia”.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Ivan Junqueira

Morreu no Rio, ontem, aos 79 anos, o acadêmico Ivan Junqueira, sexto  ocupante da cadeira de número 37, eleito em março de 2000, em sucessão ao acadêmico João Cabral de Mello Neto e, recebido em  julho de 2000, pelo acadêmico Eduardo Portela. Jornalista por formação. Poeta, escritor, tradutor, ensaísta, crítico literário, conferencista por vocação. O carioca realizou seus primeiros estudos no Colégio Notre Dame, em Ipanema. Ingressando nas Faculdades de Medicina e Filosofia, na Universidade do Brasil, não concluindo os cursos. Iniciou-se, então, no  Curso de Jornalismo, em 1963, já como redator do Tribuna da Imprensa, posteriormente, no Correio da Manhã, Jornal do Brasil e O Globo, como redator e sub-redator. Trabalhou como assessor de comunicação do Centro de Informação das Nações Unidas, onde chegou ao cargo de Diretor de 1970 a 1977. Foi o supervisor editorial das Enciclopédias Barsa, Britânica, Delta Larousse, Século XX, Mirador Internacional e Dicionário Histórico Geográfico Brasileiro da Fundação Getúlio Vargas. Foi asessor do escritor e roteirista de cinema, Rubem Fonseca, na Fundação Rio. O presidente da ABL, acadêmico Geraldo Holanda Cavalcanti, ao saber de sua morte, assim se referiu ao imortal: “A morte do acadêmico Ivan Junqueira é uma grande perda para o soldalício. Acadêmico exemplar. Ele engrandeceu a Casa à qual serviu por 14 anos, com exação, competência e enorme dedicação. Grande poeta, mestre indiscutível nas artes do ensaio crítico e da tradução literária. Ivan deixou um legado, que enriquece a nossa tradição e a História Literária no Brasil.” Detentor de muitos prêmios literários, sua poesia já foi traduzida para o inglês, alemão, espanhol, francês, italiano, dinamarquês, russo e chinês. Sua obra inclui publicação de onze livros de poesia, treze títulos ensaísticos e doze traduções, entre os quais livros do autor britânico T. S. Eliot (1888-1965) e do escritor francês Marcel Proust (1871-1922). Em novembro do ano passado, ao lado da poetisa e editora potiguar,  Marize Castro, Ivan participou da primeira edição do Festival Literário de Natal , em debate sobre a poesia contemporânea brasileira.  Prêmio Nacional de Poesia, do INL -  Entre algumas conquistas literárias, obteve o “Prêmio Assis Chateaubriand, da Academia Brasileira de Letras” – 1985; “Prêmio Nacional de Ensaísmo Literário” – 1985;    “Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte” – 1991; “Prêmio da Biblioteca Nacional” - 1992; “Prêmio José Sarney de Poesia Inédita”, do Memorial José Sarney – 1994;Prêmio Jabuti”, da Câmara Brasileira do Livro - 1995; Prêmio Luísa Cláudio de Sousa”, do PEN Clube do Brasil – 1995;Prêmio Oliveira Lima”, da União Brasileira de Escritores – 1999; “Prêmio Jorge de Lima”, da UBE – 2000, entre muitos outros. Ivan Junqueira  estava internado há um mês e faleceu por insuficiência respiratória,  no Hospital Pró-Cardíaco, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O corpo foi velado no Salão nobre do Petit Trianon, da Academia Brasileira de Letras e sepultado no mausoléu  dos imortais da Casa de Rui Barbosa, no Cemitério de São João Batista, em Botafogo. O imortal deixa viúva, a jornalista Cecília Costa Junqueira e cinco filhos: Suzana, Rafael, Raquel e Eduardo, do primeiro casamento, além de Otávio, com Cecília.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Dia do Desafio

Hoje, terça-feira, 1º de julho, trinta e cinco Bombeiros Militares do 4º Batalhão, em Juiz de Fora, participarão do "Desafio de Inverno", que consiste na travessia da Represa Dr. João Penido, bem no início da manhã, às 6h. Eles atravessarão a represa e retornarão, nadando ao longo de um percurso de mil metros, sem o uso de equipamentos e roupas especiais. O evento faz parte das comemorações oficiais relacionadas ao Dia Nacional do Bombeiro, celebrado, amanhã, dia 2 de julho. A atividade tem o objetivo apresentar e enaltecer as características do profissional do Corpo de Bombeiros Militar, como coragem, disciplina, vigor físico e superação de fatores adversos, entre eles, o frio, a umidade e o cansaço. Além da travessia, os militares participarão de um ato de solidariedade, com a doação de agasalhos e cobertores, os quais serão entregues a pessoas carentes. É o oitavo ano consecutivo que o 4º Batalhão de Bombeiros Militar promove essa atividade. Dentro da Semana de Prevenção e Dia Nacional do Bombeiro. Um  outro evento compõe as celebrações, com um café da manhã com os militares da reserva e reformados além da  operação “Alerta Vermelho”.