Faleceu na madrugada de hoje,
em sua residência no Leblon, Rio de Janeiro, o escritor e acadêmico, João
Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro, aos 73 anos, vítima de embolia pulmonar. Da primeira a ultima obra editada, retratava a
realidade do povo brasileiro, algumas delas, adaptada para o cinema e televisão
. Natural da Ilha de Itaparica, na Bahia, viveu parte de sua infância, em
Aracaju, onde se alfabetizou com um professor particular, se matriculou,
posteriormente, no Colégio Estadual de Sergipe. De volta à Bahia, João Ubaldo é matriculado no Colégio
Sofia Costa Pinto. Em 1955, matricula-se no Curso Clássico do Colégio da Bahia,
conhecido como "Colégio Central". No ano seguinte faz amizade com
Glauber Rocha, seu colega de escola. Em 1957 faz sua estreia no jornalismo,
como repórter do Jornal da Bahia, chegando ao cargo de Editor-Chefe do Jornal
Tribuna da Bahia. Em 1958 inicia seu curso de Direito na Universidade Federal
da Bahia. Com Glauber Rocha edita revistas e jornais culturais e participa do
movimento estudantil. Apesar de nunca ter exercido a profissão de
advogado, foi aluno exemplar. Autor dos livros, entre outros, “Viva o Povo
Brasileiro”; “O Sorriso do Lagarto”, adaptado na série homônima, exibida pela Rede Globo,
em 1991, tendo Tony Ramos Raul Cortez, Maitê Proença no elenco. História ambientada
na ilha de Itaparica, terra natal do escritor, onde um médico estaria fazendo
estranhas experiências para criar monstros, híbridos de humanos e répteis; “Sargento Getúlio”, Prêmio Jabuti de autor revelação em 1972 e adaptado
para o cinema, por Hermano Penna, em 1983, tendo Lima Duarte como protagonista;
“A Casa dos Budas Ditosos”, lançado em 1999 e adaptado para o teatro, por
Domingos de Oliveira, em 2004, em monólogo encenado pelo saudoso Fernando
Torres. João Ubaldo Ribeiro era o sétimo ocupante da cadeira número 34, eleito em 7 de outubro
de 1993, na sucessão d e Carlos Castello Branco e recebido em 8 de junho
de 1994, pelo Acadêmico Eduardo Portella. O velório está sendo realizado, no Salão dos Poetas Românticos da Academia
Brasileira de Letras, desde àss 13 horas. O escritor deixa viúva Berenice
Ribeiro, os filhos Bento e Francisca; e Manuela e Emília, do primeiro casamento.
Ao tomar conhecimento do
falecimento, o Presidente, acadêmico Geraldo Holanda Cavalcanti, determinou o cumprimento de luto por três dias e que a bandeira da Academia
seja hasteada a meio mastro e declarou: “É uma grande perda para a Academia,
para o romance e o jornalismo nacionais. João Ubaldo Ribeiro deixa uma obra de
excelência. Estamos todos muito chocados com a notícia”.
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