Antropofagia - Tarsila do Amaral
Há noventa anos, o Theatro Municipal de São Paulo, abria suas portas para hospedar um evento, que mudaria o curso da história da arte brasileira, marcando a ruptura com o convencional. A Semana de 22, que ocorreu entre 13 a 17 de fevereiro, instaurando muitas novas ideias. Esta semana modernista foi a responsável pelo primeiro contato do Brasil, com as mudanças estéticas da vanguarda europeia, surgidas no início do século XX. Liderados pelo escritor Mário de Andrade, dele participaram: Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida, Menotti Del Picchia, Di Cavalcanti, Manuel Brandeira, Heitor Villa Lobos, Renato de Almeida, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Paulo Prado, Álvaro Moreyra, Sérgio Milliet, entre outros. Com “Paulicéia Desvairada”, cujo prefácio lança as bases estéticas do Modernismo, inspirada na análise da cidade de São Paulo e seu provincianismo, a obra marca o rompimento definitivo do autor com todas as estruturas do passado. É do primeiro livro de poemas modernistas, cuja "confecção tumultuária, em que o autor descreveria muitos anos depois, na famosa Conferência de 1942, sobre o movimento que transformaria o panorama das artes no Brasil. Mário de Andrade definiu o livro como “áspero de insulto, gargalhante de ironia”, com “versos de sofrimento e de revolta”, lançando o conceito do verso harmônico, com sobreposição de imagens, aparentemente desconexas, surgidas do inconsciente do escritor.
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