segunda-feira, 16 de março de 2009

Ortografia e Livros

Em 16 de dezembro de 1990, em reunião na Academia das Ciências de Lisboa foi aprovado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, com as presenças dos representantes oficiais brasileiros, acadêmicos Antônio Hauaiss e Nélida Piñon. Daí, começou o processo absurdo que retira a forma já sedimentada da língua. Este acordo ao meu ver deixa o nosso português depauperado, com prejuízo etimológico, se tornando uma língua apenas política, pois a alegação é de que facilite a tramitação de documentos internacionais, entre os países que têm o Português como língua pátria.
E mais movimentações: editoras e linguistas trabalham, também, na adaptação de seus dicionários, enquanto professores e filólogos lançam livros sobre as novas regras. Apoiando essa iniciativa, a Academia Brasileira de Letras lançou em outubro de 2008, pela Companhia Editora Nacional, o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, com uma tiragem de 10 mil exemplares. Ainda disponível nas livrarias, a obra será relançada, desta vez, com 20 mil cópias, para corrigir um erro de interpretação do acordo. Foram grafadas com hífen 21 palavras com o prefixo ‘re’ antes da vogal ‘e’ de reeditar a reexaminar, que devem ser escritas sem hífen. A gerente editorial, Célia de Assis, atribui o equívoco ao vaivém das correções.
Passei pela reforma, em 1986, agora outra... Acredito que a atual reforma ortográfica vá afetar os escolares que estão começando a aprender a Língua Portuguesa. Como diz o escritor Ruy Castro, não vendo com bons olhos as novas regras: “Já passei da idade de aprender a escrever. Vou seguir usando a ortografia usada antes da reforma e, no futuro, se quiser, o computador que me corrija.”

Um comentário:

  1. RICARDO, OS TEMAS QUE VC, DISCUTE EM SEIU BLOG S4AO DE RELEVÂNCIA..PARABÉNS1 NEUZA

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