Andrea Bocelli

O tenor, compositor e produtor musical, italiano, Andrea Bocelli estará amanhã, em única e gratuita apresentação, no Parque da Independência, em São Paulo, em tournée de promoção do seu mais recente álbum, “Incanto”, mesclado a outras árias que o tornaram conhecido em todo o mundo. Andrea Bocelli se fará acompanhar por orquestra e coral, sob a regência do maestro Eugene John. Aos 50 anos, com uma trajetória musical de quase vinte anos, Bocelli ficou conhecido mundialmente, nos idos dos anos 90, após ganhar o primeiro lugar no Festival de San Remo, com sua música, “Con Te Partirò”, grande vencedora, posteriormente, gravada em dueto com a cantora inglesa, Sarah Brightman (Time to Say Goodbye), um recorde de vendagem. O magnífico tenor excursionou com Celine Dion (The Prayer), gravou canções com a mezzo-soprano, Denyce Graves (Werther – ópera, na qual Bocelli entrou no palco montado em um cavalo branco), como também, com a brasileira Sandy (Vivo por Ella). Sempre permaneceu mais voltado para o pop do que para a ópera. O artista trava constantes duelos com a crítica, da mesma forma que a revista britânica Gramophone elogiou muitas de suas performances em disco, exaltando, sobretudo, seu timbre singular e muito doce. O crítico musical e colunista do jornal inglês The Daily Telegraph, Norman Lebrecht, usa o seu sarcasmo habitual e diz: “Um cego guiando surdos”, um paradoxo diante das 70 milhões de cópias vendidas de seus CDs e DVDs, ou seja, um crítico guiando sua própria ignorância. Um dia, assistindo a um filme percebi uma certa semelhança na biografia de Bocelli, com a temática do filme do diretor italiano, Cristiano Bortone, “Vermelho Como o Céu” (Rosso Como Il Cielo), que narra a história verídica de um garoto que, vencendo o preconceito, soube, como deficiente visual, não só se adaptar ao mundo de imagens, recriadas por meio de sons e de palavras, como também, adquirir sua liberdade e se tornar um homem de sucesso. É a história de um, compositor e renomado editor de som do cinema italiano, isso porque ambos, além de serem naturais da Toscana, ficaram cegos na infância por acidentes que lhes ocorreram, um, por uma queda ao tentar, aos dez anos, apanhar a arma do pai suspensa numa parede da casa e, o outro, por ter nascido com glaucoma congênito e, jogando futebol, aos doze anos, foi atingido por uma bola na cabeça. O evento que tem o apoio do Grupo HSBC e da Prefeitura de São Paulo se inicia às 16 horas.