Francisco Cembranelli - II

Concordo com o fato comentado por um dos leitores deste blog, em seu comentário postado: “Já foi mencionada a possibilidade de que as crianças estivessem acordadas quando da chegada ao prédio? O supermercado fica muito distante da residência do casal? Tenho três filhos e, dificilmente, dormem ao mesmo tempo. Seria mais uma contradição no processo? Se apenas uma criança estivesse dormindo cairia de vez o depoimento deles, pois os dois subiriam juntos para o apartamento.” Mas, em uma de suas reflexões sobre o “Caso Isabella Nardoni”, o digníssimo promotor Francisco Cembranelli, em uma palestra, por ele proferida, na Fundação Escola Superior do Ministério Público__ FMP, em 23 de agosto de 2008, para aproximadamente 500 profissionais, estudantes de Direito e jornalistas, nos explicou que optou por não ouvir o depoimento do irmão mais novo de Isabella, Pietro, de três anos de idade, que estava dentro do apartamento, quando tudo aconteceu. Conforme Cembranelli, se Pietro prestasse depoimento, mesmo que de forma infantil, este fato poderia lhe causar sérios danos emocionais no futuro. "Em nenhum momento cogitei ouvi-lo. Amanhã ele será um adolescente ou adulto e terá de conviver com o fato de que um promotor de justiça arrancou dele provas, sem que ele pudesse opinar, que incriminariam seus pais".