Tribuna de Minas
13 de agosto de 2011.
Dona de uma das vozes mais potentes da black music, a diva norte-americana Dionne Warwick aterrissa hoje em Juiz de Fora para uma apresentação que promete marcar a memória dos fãs. Conhecida internacionalmente por sucessos como "Walk on by" e "Say a little prayer", a cantora tem na bagagem cinco prêmios Grammy e já vendou cerca de 66 milhões de discos em todo o mundo. Em turnê pelo Brasil, Warwick será a estrela do baile de gala que integra a comemoração dos 35 anos de colunismo de Cesar Romero. No repertório, além de suas canções mais conhecidas, estarão músicas do álbum mais recente "Only trust your heart", lançado em março deste ano.
Em entrevista à Tribuna, concedida por e-mail, Warwick adiantou que, mesmo as faixas de seu novo trabalho serão conhecidas do público. "O CD é formado por músicas de Sammy Cahn e Jack Wolf e composições que têm sido ouvidas por muitos nos últimos anos. Isso porque muitas apareceram em filmes e foram interpretadas por ícones de nossa música, como Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Frank Sinatra, Sammy Davis Jr. e vários outros." Para dar vida ao repertório, Warwick sobe ao palco acompanhada da banda formada por Kathleen Rubbicco (piano e diretora musical), Renato Pereira (percussão), William Hunter (teclados), John Shrock (teclados), Ernest Tibbs (baixo) e Jeffrey Lewis (bateria).
Apesar de as referências de soul, jazz, blues e até música latina serem notórias em seus trabalhos, a cantora dispensa rótulos sobre suas canções. "Sempre digo que as pessoas que escutam meu CD podem categorizá-los como quiserem." Já em relação ao título de grande representante da black music, a postura é outra: "fico feliz em saber que estou sendo lembrada dessa maneira, e isso é uma grande responsabilidade, principalmente, estando sob o olhar da geração mais jovem. Espero que esteja projetando uma imagem positiva, na qual queiram se inspirar."
As maiores influências da diva vêm de dentro de casa, já que tem como origem uma família repleta de cantores. Tanta bagagem rendeu-lhe um carreira que já soma mais de 40 álbuns e inclui até um CD chamado "Aquarela do Brasil", de 1995. Como é de se esperar, ela se diz apaixonada pela produção musical do país, universo que lhe garantiu boas amizades. "Amo a música brasileira e, ao longo de anos, tenho feito muitos amigos dentro e fora da indústria musical." A lista inclui nomes como Emilio Santiago, Ivan Lins, Simone, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor e Gal Costa.
A ligação de Warwick com o Brasil, inclusive, extrapola os níveis da música. No início do mês, por exemplo, ela, que também assume o posto de ativista-humanitária, teve um encontro com a presidente Dilma Rouseff, em Brasília. Warwick buscou apoio para um trabalho com crianças que vivem no Vidigal, no Rio de Janeiro, com o qual está envolvida há cerca de 17 anos. Para ela, a participação da presidente é fundamental para que as crianças que vivem na comunidade saibam do potencial delas e como podem contribuir para a sociedade. "Dilma concordou em apoiar o projeto, e fiquei muito feliz por isso."
Para os juiz-foranos que apreciam o trabalho de Warwick, será uma noite especial. O jornalista Ricardo Cavalcanti, 52 anos, que já foi a uma apresentação dela em São Paulo, no ano passado, acredita não existir nada melhor que assistir a um artista admirado na cidade que ama. Ele acompanha a cantora desde criança, quando foi fisgado pela voz da diva e, desde então, passou a colecionar seus discos. "Ela é realmente uma dama da música. Tem uma postura e uma presença incríveis no palco." O dentista Mauro Cruz, 57, também irá a uma apresentação de Warwick pela segunda vez e está empolgado com a passagem dela pela cidade. "Assistir a um ícone da música mundial na própria casa é uma oportunidade única. Não sei como será o show, mas, só de ouvi-la, será muito bom."
Responsável pelo evento, o colunista da Tribuna Cesar Romero ressalta que a apresentação inclui Juiz de Fora na rota dos grandes shows internacionais, com superprodução inédita na cidade, envolvendo equipamentos de luz e som de última geração. "A expectativa para a apresentação é a melhor possível. Em suas passagens por outras cidades, como Brasília e Rio, ela garantiu casas cheias e um público em sintonia com o espetáculo." O baile terá, ainda, apresentação da banda Lumina.
Só valeu pela voz da artista. O La Rocca não ofereceu boa estrutura para o evento.
ResponderExcluirA escolha do local foi péssima. Mas, o show foi muito bom.
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