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O tempo e a esperança
Ao lado dos cenários mineiros, estão à mostra, na Galeria Heitor de Alencar do CCBM, imagens que esbarram na história da artista plástica Nequitz. Vinte e nove quadros de formatos variados, com técnica mista, também homenageiam o Ano da França no Brasil. “A arte de Nequitz” representa uma viagem pelas vivências e lembranças da juizforana Neuza de Carvalho Miguel. “Trago um escape à realidade, como, também, a criação de um novo modelo estético, colhido no meu íntimo de artista, em que procuro flagrar desde imagens reais até a magia, sob uma ótica lúdica e surreal.”
O tempo e a esperança no ser humano estão gravados em seus trabalhos por meio de cores e temas como convívio e alegria. Sua criação parte do abstrato: “jogo na tela tinta e água, misturando com espátula para conseguir luzes e sombras impossíveis de se fazer com o pincel.” As manchas que se formam ganham desenhos e figuras com o auxílio da imaginação da artista. “Gosto de pintar pessoas conversando, passeando, bebendo, divertindo-se.” A mostra, que tem curadoria do colunista Ricardo Cavalcanti, transforma o espectador em um cúmplice, ao representar momentos do dia a dia, mesmo que muitos se passem nas esquinas de Paris. Mas Juiz de Fora também se faz presente, “em um passeio pictórico, que alia objetos da Belle Époque à arte pop”.
Nequitz estudou com figuras renomadas como Bernardii, Luiz Badia, Oziel Belizio e Ricardo Frazão. Expôs em várias coletivas nacionais e internacionais, inclusive na França e na Itália. Entre as exposições individuais, a de maior destaque foi “Belle Époque de Nequitz”, na Casa da Fazenda do Morumbi, em São Paulo, em agosto de 2008. Ao todo, recebeu 13 medalhas de ouro, cinco de prata e oito de bronze em Salões de Arte, além de ter sua obra catalogada em diversas publicações.
Por Raphaela Ramos
Repórter do jornal Tribuna de Minas
26 de novembro de 2009
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