"[...] tento, com a maior insistência, embora com tão
precário resultado (como se tornou evidente), incorporar
a linguagem que falo e escuto no meu ambiente nativo à
língua com que ganho a vida nas folhas impressas. Não
que o faça por novidade, apenas por necessidade.
Meu parente José de Alencar quase um século atrás vivia
brigando por isso e fez escola."
Há 32 anos, uma mulher vencia mais uma batalha ante o universo masculino. Tomava posse, em 4 de novembro de 1977, na Academia Brasileira de Letras, a romancista Rachel de Queiroz, numa eleição ocorrida, em 4 de agosto do mesmo ano. Rachel de Queiroz foi a primeira mulher a adentrar naquele silogeu, com 23 votos contra 15 e uma abstenção. Prima do grande escritor, José de Alencar, a escritora assumiu a cadeira de nº 5, patronímica de Bernardo Guimarães, fundada por Raimundo Correa, anteriormente, ocupada por Cândido Mota Filho. Foi saudada pelo acadêmico Adonias Filho. Nascida em Fortaleza, a escritora viria a falecer na cidade do Rio de Janeiro, nesta mesma data, no ano de 2003. Rachel de Queiroz deixou uma vasta bibliografia, entre romances, literatura infanto-juvenil, crônicas, peças teatrais e participações em antologias, que hoje, fazem parte do conjunto de obras da Literatura Brasileira. Ainda muito jovem, com apenas vinte anos, publicava o romance “O Quinze”, o qual aborda a triste realidade dos retirantes nordestinos, drama este que a escritora vivenciou. Deixou, inédito, o livro "Visões: Maurício Albano e Rachel de Queiroz", uma fusão de imagens do Ceará fotografadas por Maurício com textos de Rachel de Queiroz.
Ricardo
ResponderExcluirUm prazer imenso conhecê-lo e poder desfrutar deste espaço cultural. Caminhar por aqui é encher a alma de contentamentos e beleza.
Um primor de Blog.Parabéns!
Com carinho da Fada do Mar Suave.