quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Mulheres Ricas, porém, vazias


Ainda indignado com o programa levado ao ar, pela TV Bandeirantes, na segunda-feira, 2 de janeiro, “Mulheres Ricas”, que apresentou a ostentação de mulheres, com hálito de champagne, envoltas numa total irrealidade, se expressando numa língua portuguesa mutilada, num país de 193 milhões de habitantes, onde uma maioria passa necessidades básicas. Os episódios não mudaram: conversas frívolas, gírias, motes inusitados; compras de sapatos e roupas de grandes grifes, mera embalagem para o que não existe conteúdo. A Bandeirantes inspirou-se no reality americano, “The Real Housewives”, mas fugiu do formato, passando a ter um teor constrangedor, para 95% da população brasileira. Imaginem só, dez episódios de uma série que nada acrescenta na vida de ninguém, a não ser as delas próprias, que falam em preço de um jatinho__ equivalente a 30 milhões__ como se fossem moedas no fundo de uma Louis Vuitton. A parte do programa que coube a "apresentadora", Val Marchiori, então, precisou ser regada a Plasil. De tão esnobe, causou-nos, até, enjoo. Qual a importância social do avião novo da “socialite”, que outrora vendia cosméticos num magazine e o caminhão ‘tal’, da moça ex-sem terra e ex-morta de fome? Com certeza “tirar onda” com a cara de milhões de miseráveis. Isso interessa a alguém? O programa, também, foge totalmente à grade da programação da emissora. A produção da Eyeworks/Cuatro Cabezas, a mesma produtora dos programas "CQC"  e "A Liga". Dizem que quatro cabeças pensam melhor que uma única...
Pérolas pinçadas no programa:
"Você pode ser querida, que as pessoas perdoam. Você pode ser competente, que as pessoas perdoam. Você pode ser rica que, as pessoas perdoam. Mas, se você for linda e magra, ninguém perdoa." -  (talvez, a pior delas) by Val Marchiori
"Eu acho que todos devem se esforçar para serem ricos." - by Lidia Sayeg
“Minha família é muito rafinada (sic)” by Narciza Saldanha Tamborindeguy

Um comentário:

  1. Só acredito nesta postagem, porque tenho certeza que eu vi e ouvi. As cenas deveriam ser protagonizadas por palhaços. Não vi diferença...
    Guto Barra

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